Geomonumentos dos Açores (1)

Lagoa das Sete Cidades (S. Miguel, Açores)

"Como homens, estamos soldados historicamente ao povo de onde viemos e enraizados pelo habitat a uns montes de lava que oltam da própria entranha uma substância que nos penetra (...) A geografia, para nós, vale outro tanto como a história" escreveu Vitorino Nemésio, escritor terceirense, que descreveu exemplarmente a relação intrínseca entre açorianos e a geologia do se arquipélago.

Nos Açores, nasceu verdadeiramente, em meados da década de 1950, a vulcanologia portuguesa de campo, liberta da influência naturalista e concentrada na observação empírica e na experimentação físico-matemática. Em boa verdade, a actividade do vulcão dos Capelinhos entre 1957 e 1958 lançou a primeira pedra para o desenvolvimento de uma nova relação local com os vulcões, traduzida na necessidade de os compreender, de prevenir os seus impactes e, mais recentemente, de os proteger e conservar. Em 1972, a Caldeira do Faial foi classificada como Reserva Natural, um primeiro esforço isolado para proteger uma paisagem geológica única, ao qual se seguiria, em 1979, a classificação da Reserva da Lagoa do Fogo, que ocupa a caldeira de um vulcão adormecido desde 1564. A partir de então, o inventário de geomonumentos do arquipélago tem crescido exponencialmente, abrangendo cada vez mais formas geológicas que, pela sua raridade ou beleza, merecem ser conservadas.

Informação recolhida pelo aluno Luís André Rosas (n.º 21, 7ºC)
Fontes: Suplemento da National Geographic, Julho de 2008
http://turismoportugal.2u.blog.br/files/2009/07/acores.jpg

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