Pedras Parideiras - Arouca


Surpreendentemente próximo do litoral, e da área metropolitana do Porto, este território foi durante muitos anos uma espécie de bolsa onde o tempo teimava em não avançar. Os poucos visitantes que vinham a Arouca, quase sempre para piqueniques de fim-de-semana ou em busca das famosas “pedras parideiras” – os pequenos e brilhantes nódulos de biotite (mica preta) que se desprendem “misteriosamente” de um afloramento granítico (…)
Entre nós, é raro que uma região se afirme popularmente por um fenómeno geológico, mas aqui, mesmo ao lado da aldeia de Castanheira, o garimpo das “parideiras” sempre foi um passatempo levado muito a sério. Alguns acreditavam que a colocação destas pedras sob o travesseiro ajudaria à fertilidade das mulheres, outros viam-nas simplesmente como troféus. Embora estes discos possam ter sido objecto de uma sacralização, já no segundo milénio antes de Cristo, como sugere o exemplar encontrado durante as escavações de um túmulo megalítico, em pleno planalto da Freita, não consta que esta forma de biotite tenha propriedades especiais que não sejam a sua própria raridade e o facto de se libertar da rocha-mãe por um simples processo de erosão. Para que os geólogos, trata-se, sim, de um fenómeno ímpar – único no mundo, que se saiba – que merece ser protegido e divulgado como argumento para que região venha a integrar a Rede Europeia de Geoparques."
Informação recolhida pelo aluno Luís André Rosas (n.º 21, 7ºC)
Revista National Geographic, Julho de 2008
Texto e Fotos de António Sá

Conhecer melhor as VACINAS


No âmbito da disciplina de Ciências Naturais, os alunos das turmas 9º B e 9º C efectuaram pesquisas relativas às principais doenças abrangidas pelo Plano Nacional de Vacinação, nomeadamente às vantagens da vacinação para a saúde individual e comunitária.

Uma vacina é uma substância derivada ou quimicamente semelhante, a um agente infeccioso particular, causador de doença. Essa substância é reconhecida pelo sistema imunitário da pessoa vacinada e suscita e suscita da parte desta uma resposta que a protege de uma doença associada ao agente. A vacina induz, portanto, o sistema imunitário a reagir com se realmente tivesse sido infectado pelo agente.
A primeira resposta do sistema imunitário, quer a uma vacina, quer ao agente infecciosos, é em geral lenta e inespecífica. Porém, o facto de o agente não existir na vacina com capacidade para se multiplicar rapidamente e causar doença, dá ao sistema imunitário tempo para preparar uma resposta específica e memorizá-la. No futuro, caso o vacinado seja realmente infectado, o sistema imunitário responderá com rapidez e eficácia suficiente para o proteger. (...)
Porquê vacinar as crianças?
As vacinas protegem-nos contra muitas doenças que se apanham por contágio e que podem ter graves consequências para a saúde. Muitas crianças em Portugal ainda apanham doenças como a hepatite, a papeira ou a tosse convulsa. Hoje em dia, temos uma certa tendência para considerar que as doenças infantis não são muito graves, graças ao impacto da vacinação sobre as mesmas. Mas as doenças infantis podem matar ou deixar sequelas muito graves. Antes da vacina, centenas de crianças ficavam paralíticas devido à poliomielite. (...) Isto não se aplica só às crianças, mas elas são em geral as principais vítimas de não se vacinar, dado que as suas defesas imunológicas estão em geral menos desenvolvidas que as dos adultos.
As mais necessárias
Algumas vacinas são uma combinação de vários componentes e protegem contra mais do que uma doença. As vacinas de que as crianças mais precisam são as seguintes:
VASPR - Protege contra o sarampo, a Parotidite (=papeira) e a Rubéola. Entre os 15 e os 18 meses e os 10 e os 13 anos de idade.
VAP (oral) ou VIP (injectável) - Protege contra a Poliomielite. Aos 2,4 e 6 meses e aos 5/6 anos.
DTP-Hib - Vacina contra a difteria, Tétano, Pertussis (=tosse convulsa) e o Haemophilus influenza (bactéria causadora de meningites). Aos 2,4 e 6 meses, entre os 15 e os 18 meses, 5/6 anos e entre os 10/13 anos.
HBV - Protege contra a Hepatite B, uma grave doença do fígado. À nascença, 2 e 6 meses.
BCG - Protege contra a tuberculose, em particular as formas mais graves desta doença. À nascença.
Men-C - Protege contra meningococo (Neisseria meningitidis) do grupo C, pois ao todo existem 13 grupos causadores de doença. Por esta e outras razões não existe uma vacina contra todas as formas de meningite. Entre os 15 e os 18 meses e aos 3 e 5 anos de idade.

In "Coisas de Criança"_Manuel Carmo Gomes, professor associado do Departamento de Biologia Vegetal, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Membro da Comissão Técnica da Vacinação da Direcção-Geral da Saúde.Para mais informações consultar o site: http://correio.fc.ul.pt/mcg/


Somos todos um!

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http://www.youtube.com/watch?v=QlpB3PKZ9pU

A não perder!

Porque as nossas acções têm consequência a nível global, importa reflectir ....

TEIAS

As aranhas são invertebrados da família dos aracnídeos e, ao contrário da crença popular, não são insectos - estes últimos só pediram Mãe -Natureza três pares de patas enquanto as aranhas exigiram mais um par para ajudar na lida da casa. Aliás, as verdadeiras heroínas desta crónica não são propriamente as aranhas mas as suas complexas casas - as teias.
Umas das imagens mais bonitas numa manhã orvalhada de Outono é uma teia de aranha, suspensa por fios invisíveis e salpicada de gotas cintilantes. É delicada, frágil, perfeita... e letal. O que parece uma inofensiva obra de arte não é mais do que um exemplo das mais sofisticadas armadilhas do Reino Animal. A mais impressionante é capaz de ser aquela que é construída por espécies do género Nephila. Esta aranha, com não mais de dois centímetros e meio, gasta mais de 300 metros de fio para montar uma autêntica rede de dois metros de diâmetro. (...) Para além das vitimas normais como borboletas e outros insectos, mesmo algumas aves acabam os seus dias presas na teia.

A teia clássica, mais comedida , é construída da seguinte maneira: uns fios ligam os ramos que irão suportar a estrutura. A partir dessa molduras uma espécie de raios partem do centro. São estes últimos que recebem os círculos concêntricos, montados do centro par o exterior. Uma teia normal, com cerca de 25 centímetros de diâmetro, pode pedir mais de 35 metros de fio. Uma vez construída, a dona da casa descansa num canto mantendo sempre uma pata em contacto com um ou vários raios. Assim, logo que sentir a mínima vibração, sai disparada em direcção ao intruso para, com uma certeira dentada atrás da cabeça, o paralisar e assim evitar estragos maiores na rede ou fuga do pobre visitante. De seguida envolve o almoço num bonito pacote feito com os mesmo material da teia para que, quando a fome apertar, só precisar de o desembrulhar.

As teias podem ser reparadas quando os danos começam a ser notórios, ou construídas de raiz todos os dias. As escolha depende da espécie.

Adaptado_Notícias Magazine _ 26.Out.2003_Tomás de Montemor